PARTE 1
Começo este artigo com a seguinte frase: “O
Jovem não feito para o prazer, mas para o desafio!” (Paul Marcel, filósofo
cristão francês), pois de fato viver a castidade numa época em que a
sociedade estimula a iniciação sexual cada vez mais cedo, se tornou um grande
desafio mesmo.
Nós jovens precisamos entender que o homem não é
apenas um corpo, mas a junção deste com o espírito que o habita: o Espírito
Santo. Portanto o corpo é o Templo do Espírito de Deus: “Ou não sabeis que o
vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de
Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Glorificai, pois, a Deus no
vosso corpo.” ( 1 Cor 6:19-20) . A
Castidade serve, portanto para que, a partir dessa afirmação do Senhor de que o
Espírito Santo habita nosso corpo, nos fortificar para esperarmos a hora certa
de se iniciar nossa vida sexual na graça de Deus. Significa viver corretamente
os nossos afetos, em todos os estados da vida de uma pessoa, quando essa se
encontra sozinha, no namoro, noivado e casamento.
Uma das formas de manifestação da castidade é através
da sexualidade que varia de acordo com a vocação de cada um. Para os que têm
vocação para vida religiosa, significa se abster de relações sexuais, pois seu
chamado não é o casamento. Para os solteiros, namorados e noivos, que têm
vocação para o matrimônio, significa não ter relações sexuais antes do
casamento, pois ainda não confirmaram sua entrega total, de ser uma só carne,
comprovada no Sacramento Matrimonial.
Sendo assim, viver a castidade durante esse período proporciona a construção de
bases sólidas para um casamento e conseqüentemente alicerces fortes para a
construção de uma família. Dominar a si mesmo durante esse tempo permite a nós
jovens o domínio das tentações e a vivência da fidelidade no casamento, pois é
na luta da castidade que nos preparamos para sermos fiéis aos nossos maridos (ou
esposas) amanhã. Para os casados, significa se empenhar para que suas relações
sexuais sejam dignas na fidelidade de um para com o outro e de também servir de
instrumentos de Deus para gerar o bem mais precioso que é a vida.
Os jovens que querem se manter puros e castos
antes do casamento, terá que fugir de todas as situações e ocasiões que possam
excitar a paixão desregrada e o
erotismo: livros, revistas, filmes eróticos, programas de TV, enfim de tudo que
possa lhe propiciar uma vivência sexual precoce. “Para haver a castidade nos nossos atos, é preciso que antes ela exista
em nossos pensamentos e palavras. Jamais será casto aquele quer permitir que os
seus pensamentos, olhos, ouvidos, vagueiem pelo mundo do erotismo.” (Trecho
do Livro: Namoro Prof. Felipe Aquino). A castidade passou a ser vista como algo
muito difícil de vivenciar no mundo de hoje, porque o ato sexual se tornou vazio,
resumido apenas no prazer. Durante o namoro e noivado, nós jovens cristãos
devemos lutar muito para não permitir que o relacionamento sexual nos envolva,
e isso só será possível com a graça de Deus, com a oração, com a vigilância e,
sobretudo, pelo desejo de se preservar um pelo outro.
Por isso jovem, EU O DESAFIO. Desafio a você que assim como eu possui o desejo de construir
uma história de amor e felicidade ilimitada que Deus tem para nossa vida, nosso
namoro, nosso noivado e nosso casamento, a vivermos a Castidade. Pois, como o
Próprio Senhor disse a grande recompensa daquele que luta bravamente para
manter a própria pureza será ver a Deus. (Mt 5:8)
Agora te pergunto querido jovem cristão vai
encarar o desafio?
Tatiane Silveira Do Amaral